quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Novo Volume de Real, de Takehiko Inoue



Não me importam o que o setor deslumbrado da crítica nacional de quadrinhos venha me dizer. O melhor trabalho de Takehiko Inoue não é Vagabond – é Real. Na verdade, Vagabond não é melhor nem do que Slam Dunk, que no Japão tem status de clássico e é considerado um dos melhores mangás de todos os tempos, mas a crítica jamais vai dizer que uma obra "para adurrrrrrtos" é melhor do que uma obra honesta e assumidamente juvenil como Dunk (que é genial), ou que umaInoue bola de basquete possa gerar melhor ficção do que uma espada e uma obra literária.

E Real é, novamente, sobre basquete, mas está longe de ser uma obra juvenil – é publicado na Young Jump da Shueisha, que está empatada no topo com a Young Magazine como a revista seinen (para leitores maduros) mais vendida do mercado Japonês nesse segmento etário. E antes que se fale das premiações que Vagabond traz nas costas, Real ganhou o prêmio na categoria mangá da Japan Media Arts Festival, feito pela Agência de Assuntos Culturais Japonesa; e de quebra, seus sete primeiros volumes venderam mais do que nove milhões de cópias no Japão. A história gira em torno de basquete em cadeira de rodas, e tem uma abordagem mais dramática do que sua outra história mais bem-sucedida (Slam Dunk, claro).

Então vamos para a notícia: o lançamento do novo volume (que sairá dia 26 de Novembro) será comemorado por um programa de televisão que trará o próprio Inoue, mas também o jogador paraplégico de basquete Kazuyuki Kiyouya, ambos em um bate-papo sobre o grande tema da história: os sonhos de futuro que temos, apesar dos obstáculos trazidos pela vida. Claro que não teremos acesso a esse material (mais detalhes sobre ele AQUI), mas é uma mostra preciosa de como mangás tocam em temas importantes e como eles podem ser usados para levantar discussões relevantes de grande alcance.

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